25/01/16

Campo de Batalha

A minha cabeça doi.

Enquanto 2 indivíduos estão ao meu lado, a fazer aquilo que me parece equivalente ao ato de BlaBlaBla. Consigo distinguir cada palavra, mas mesmo assim continuam a não fazer sentido. Formam-se e perdem forma ao mesmo tempo. Sílabas nadam no meu cérebro, em direção a um remoinho sem fundo que não sei se trata do fenómeno físico-psicológico que corresponde aos meus pensamentos mais profundos, ou então à bullshit que o meu cérebro descarta para poder liberar espaço da minha mente cheia de vazio.

Engraçado, parece que os opostos realmente se atraem. A informação das profundezas da tua alma pode ser tão subtilmente confundida com a informação que descartas porque simplesmente não te provoca nenhum estímulo.

E quando não sabes que determinada informação é importante, e no entanto, ela está lá guardada, inconscientemente, por ti. Esperando, assim, pelo momento certo para aturar, esperando apenas para poder ser a gota de água que faz transbordar o copo, ou o pequeno ruído que provoca uma avalanche, a cereja no topo do bolo que te fará explodir junto com tudo o que tanto guardaste.
Acho que as explosões mais significativas (?) são aquelas que duram menos tempo, assim como um terramoto de segundos pode criar cenários tão avassaladores que vão para além da compreensão humana.

Às vezes explodes e parece que se trata apenas de uma questão de segundos até dares por ti a seres obrigado a recolher cada pedacinho da alma que se despedaçou, mais uma vez, tentando não te cortares com as lâminas da tua própria explosão no processo. É curioso que toda a realidade que vai dentro de ti consegue ser tão dominadora a ponto de controlar o teu momentâneo descontrolo perante o mundo real (?).

Somos nós que controlamos a nossa mente, ou será o contrário?

Teremos realmente poder sobre o nosso interior, ou temos apenas a grande ilusão de controlo?

Será que, de facto, detemos o poder e apenas a nossa mente espera pelo momento certo para, momentaneamente, virar a jogo?

Seremos escravos da nossa mente, ou escravos de nós próprios?

E se, hipoteticamente, o individuo e a sua mente são apenas um, sendo metades da mesma laranja, a resposta a todas estas perguntas só pode ser que: estamos em constante luta connosco próprios.


Como vencer uma luta, se o teu grande adversário és tu mesmo?




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